Pesquisadores da Universidade de Jerusalém usaram um
fenômeno da mecânica quântica chamada entrelaçamento quântico para provar que
fótons que não existem no mesmo período de tempo podem se comunicar entre si.
Em outras palavras, um fóton do presente pode se comunicar com um fóton do
'além'.
Por partes - o entrelaçamento quântico é capaz de ligar
dois objetos por mais que eles estejam espacialmente separados. A ideia é que
suas propriedades físicas se influenciem mutuamente. Por exemplo, se um fóton
estiver na mesma sala que você e outro estiver em outra sala, quando você
alterar uma propriedade como o spin ou a polarização do fóton próximo, o outro
será alterado imediatamente, como um movimento espelhado.
A pesquisa da Universidade de Jerusalém, no entanto, vai
além, criando pares de fótons que estão entrelaçados não entre uma distância
espacial, mas através de uma distância temporal. E, para o experimento, foram
usados não apenas dois fótons, mas quatro.
Primeiro, os cientistas entrelaçaram uma dupla de fótons,
chamando-os de P1 e P2. Depois eles mediram a polarização de P1 e o destruiram.
Depois, eles criaram um segundo par de fótons entrelaçados, P3 e P4. E, depois,
entrelaçaram P2 e P3. Depois disso, os pesquisadores afirmaram que P4
demonstrou estar entrelaçado com P1 - mesmo que P1 tivesse sido destruído antes
de P4 ter sido criado.
De acordo com os pesquisadores, as mudanças no primeiro
fóton foram detectadas antes do último fóton serem criadas. Ou seja, de certa
forma, a ação futura muda medições feitas no passado. Outro ponto de vista para
as mesmas questões é que as propriedades aplicadas no passado foram
imediatamente transferidas para um fóton que nem havia sido criado. De qualquer
forma, uma partícula é capaz de afetar a outra mesmo tendo existido em
tempos distintos.
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