quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A Morte

Deus e eu a sós no espaço… ninguém mais à vista…
“E onde estão todas as pessoas, meu Senhor”, disse eu,
“a Terra sob nós e o Céu acima e os mortos de minha lista?”
“Foi um sonho...”, Deus sorriu e disse: “O sonho que parecia
ser real; não havia pessoas vivas ou mortas; não havia Terra,
e nem o Céu acima, havia apenas eu em você”.
“Por que não sinto medo?”, perguntei, “encontrando-o aqui neste momento?
Pois pequei, sei disso muito bem, e existe céu, e inferno também,
e será este o Dia do Julgamento?”
“Não, eram apenas sonhos”, disse o Grande Deus,
“sonhos que não existem mais.
Não existe isso de medo e pecado;
não existe você… nunca houve você no passado. 
Nada existe, senão eu”.

(Amit Goswami)

Alguns físicos quânticos começam a lançar luz sobre o tema da morte. Seria a morte o fim de tudo, como querem os materialistas? Ou as antigas tradições espirituais estariam certas?

O texto a seguir reflete o pensamento de Robert Lanza:

Robert Lanza, professor adjunto do Instituto Regenerativo de Medicina da Universidade de Wake Forest, é um proponente do biocentrismo. A ideia do Professor é a de que, ao invés do Universo criar a vida, ele é na verdade um produto de nossa consciência.

Lanza diz que a morte “não pode existir no sentido real". Ele propõe: “A vida é uma ventura que transcende nossa forma linear ordinária de pensar. Quando morremos, não o fazemos em uma ‘matriz randômica de bola de bilhar ‘, mas em uma ‘matriz inescapável de vida’ “. Lanza concluiu que os humanos são seres eternos que criaram o conceito de vida e morte através de suas consciências. Ele alega que a morte não existe e que os humanos acreditam que ela exista porque eles crêem nisso coletivamente.

A morte é meramente o que pensamos que vemos. Na verdade, tudo é o que pensamos que vemos. Porém, na visão de Lanza, “se tratarmos o tempo e o espaço como coisas físicas, a ciência escolhe um ponto de início errado para a compreensão do mundo“.

O ponto de início do Professor Lanza é a biologia. Contudo ele adiciona um pouco de mecanismos de física quântica para abalar os céticos realistas. Ele aponta que o famoso experimento de física quântica, conhecido como ‘double slit’, ou experimento da abertura dupla em português, ajudou a demonstrar que partículas não são somente elementos isolados como pensamos. Ao invés disso, elas podem agir como duas entidades separadas ao mesmo tempo.

Em essência, quando gostamos de zombar que alguém possa estar vivendo em um universo paralelo, isto poderia na verdade ser verdadeiro para todos nós.

Lanza tenta nos fazer pensar sobre nossa própria existência de formas diferentes.
(Fonte: news.cnet.com, guardianlv.com através de OVNIHOJE)

“O que é a morte? A morte é quando a consciência pára de causar o colapso das possibilidades quânticas em eventos reais da experiência. Essa é a definição técnica da morte. Então, isso é interessante, pois na física quântica todos os objetos são possibilidades. Na verdade, momento após momento, incluindo nosso corpo e nosso cérebro, momento após momento nós causamos o colapso dessas possibilidades em eventos reais que experimentamos com o nosso corpo e o nosso cérebro. Quando perdemos essa capacidade de converter as possibilidades em eventos reais, nós morremos. Mas perceba o que está acontecendo: as possibilidades permanecem. É claro que algumas dessas possibilidades são possibilidades materiais. Essas possibilidades vão se desintegrar, no sentido do desaparecimento gradativo da estrutura, do desaparecimento gradativo da memória. Os corpos se desintegram. Mas, além do material, temos também componentes sutis, como a nossa mente, como o vital, como os nossos arquétipos supramentais, que vão além da mente e do vital, que também definem o nosso ser. Esses corpos são sutis. Eles não têm estrutura nenhuma. Eles podem continuar para além da nossa morte. Esse é o conceito da sobrevivência após a morte.”

(Amit Goswami)