segunda-feira, 30 de junho de 2014

Criatividade e Reencarnação

O texto a seguir é de autoria de um dos maiores físicos da atualidade, o dr. Amit Goswami, Ph.D:

Qualquer pessoa pode ser altamente criativa, mas a questão é cheia de nuances. Por um lado, a fim de que todo o esforço possa ser bem sucedido, um alto grau de motivação e força de vontade são necessários. Quão criativos estamos depende de como nós queremos encontrar respostas para satisfazer as indagações da alma: quão forte é a nossa necessidade de saber? Qualquer um pode ser criativo, mas o espectro de pessoas criativas é vasto; quais os fatores que determinam o nosso lugar ao longo desse espectro? 

O condicionamento ambiental desempenha um papel, a genética pode desempenhar um papel limitado, as sincronicidades desempenham um papel, impulsos inconscientes desempenham um papel importante, e o aprendizado que acumulamos como "alma" (as propensões aprendidas pelo corpo sutil) reencarna por muitas vidas, e pode ser o fator mais importante de tudo.

Quando o corpo material morre, essas tendências aprendidas do corpo sutil sobrevivem como memória não-local, e irão reencarnar em outro corpo físico no futuro. Entre morte e renascimento, nós sobrevivemos como "mônada quântica" (popularmente chamada de "alma"), um reservatório de aspectos de caráter acumulados ou propensões que os orientais descrevem usando as palavras em sânscrito: karma andsanskara.

Há evidências empíricas sugerindo que a memória é não-local. Esta descoberta apoia a ideia védica de que a memória não é apenas local, mas também não-local, para a qual o antigo termo é akashic, uma palavra sânscrita que significa fora do espaço e do tempo. 

Outra evidência empírica relevante pode ser encontrada em um fenômeno que todos os pais de um recém-nascido têm experimentado em primeira mão. Os bebês não são uma lousa vazia; eles possuem tendências já desenvolvidas que podem ser acionadas.

Tomemos o caso do matemático indiano Srinivasa Ramanujan, nascido em uma família inteiramente não matemática e que com quase nenhum treinamento formal passou a fazer contribuições extraordinárias para a teoria matemática, teoria dos números, e séries infinitas. Depois, há o caso de Mozart. Sua família era musical, mas isso dificilmente poderia explicar como uma criança como ele, de seis anos de idade, poderia compor partituras originais. No meu modo de pensar, esses gênios nasceram com uma criatividade inata, reforçada pela motivação e uma habilidade de concentrar a intenção que foi passada para eles a partir de suas encarnações anteriores.

Yoga, Psicologia e o Conceito das Qualidades Mentais

A Teoria da Reencarnação sugere que, de todas as propensões que trazemos de nossas reencarnações passadas, as três mais importantes são as qualidades mentais conhecidas em sânscrito como gunas. A primeira delas é tamas. Tamas, a propensão para agir de acordo com o condicionamento passado, está sempre presente; é um preço que pagamos por crescermos e saturarmos nosso cérebro com memórias. Tamas domina no início de nossa jornada da reencarnação; apenas gradualmente, depois de muitas encarnações, essa tendência dá lugar a rajas (criatividade situacional) e sattva (criatividade fundamental).

O conceito de Dharma

Cada um de nós vem a esta encarnação com uma agenda que os orientais chamam de dharma. Para cumprir o nosso dharma, o decreto de que precisamos aprender nesta vida, trazemos conosco propensões adquiridas durante muitas encarnações passadas. Não renascemos com todas essas tendências; em vez disso, não obstante, trazemos o jogo particular de que precisamos para seguir o nosso dharma.

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Minha própria experiência de mudança de vida – a revelação do meu dharma-teve lugar em 1973, depois de ter trabalhado como cientista acadêmico por uma década. Eu era infeliz, mas não sabia por quê. Eu era um orador em uma conferência de física nuclear, e quando chegou a minha vez eu fiz o que achava ser uma boa apresentação. No entanto, eu não estava satisfeito; vi-me comparando a minha apresentação à dos outros e senti ciúmes, uma emoção que persistiu durante todo o dia.

À noite, eu estava numa festa: montes de comida de graça e muita bebida, junto com muitas companhias interessantes e pessoas importantes. Mas eu continuei sentindo o mesmo ciúme. Por que as pessoas não prestam atenção em mim, pelo menos não o suficiente para aliviar meus sentimentos de ciúmes? Eu percebi que eu tinha terminado um pacote inteiro de comprimidos antiácidos, mas a azia que estava sentindo simplesmente não iria me deixar.

Sentindo-me desesperado, fui lá fora. A conferência estava ocorrendo em Monterey Bay, na Califórnia. Estava frio e eu estava sozinho. De repente, como um sopro de brisa do mar batendo no meu rosto, um pensamento veio à tona, e, em seguida, repetiu-se: "Por que eu vivo dessa maneira? Por que viver assim?"

Por que eu estava vivendo de tal maneira que a minha vida profissional e pessoal tornaram-se tão totalmente separadas uma da outra? Esta questão ficou comigo e, com o passar do tempo, ela me levou a uma busca para integrar a física com minha vida diária. Isto, por sua vez, acarretou todas as coisas que a minha vida se tornou desde então. Eu tinha encontrado o meu dharma!

A descoberta dos arquétipos com os quais nos identificamos (amante, mãe, pai, filho, malandro, sábio, etc) requer criatividade fundamental. A criatividade situacional então permite que nos engajemos em muitos atos secundários de criatividade com base nessa descoberta. Quanto mais sattva (criatividade fundamental) que tivermos na vida particular, poderemos nos envolver mais diretamente com os grandes arquétipos, usando a criatividade "na busca para a alma." Se tivermos sattva juntamente com rajas (criatividade situacional), complementaremos nossa busca da alma, proporcionando andaimes para toda a humanidade evoluir.

Como aumentar sua motivação para se tornar criativo? Através do que o filósofo Sri Aurobindo chamou de purificação do sattva. Inicialmente, quando o sattva é impuro, tamas (condicionado) domina, e tudo o que vem para o processamento inconsciente é coisa do ego e as imagens reprimidas do inconsciente pessoal. Com a purificação de sattva, rajas começa a dominar, e as imagens do inconsciente coletivo se abrem para você. Somente com purificação, com o desenvolvimento de dominância do sattva, a sua motivação para a criatividade torna-se impulsionada pelo inconsciente quântico e torna-se pura curiosidade sobre os arquétipos; agora você pode mergulhar no processamento inconsciente que o leva a um território desconhecido.

Pode alguém pode ser criativo a esse nível? Novamente a resposta é sim, mas é preciso uma série de encarnações para construir a experiência necessária. O fato é que, nesta fase da evolução humana há muitas almas imaturas para quem a criatividade vai ser difícil. Se você está interessado na criatividade, na melhoria do papel que pode desempenhar na formação de sua vida, então você já tem o que é preciso. A aplicação de uma perspectiva quântica pode trazer o seu gênio criativo para fora da garrafa.

Os neurocientistas descobriram que o nosso cérebro tem uma qualidade notável chamada "neuroplasticidade" – a capacidade de estabelecer novas redes de células nervosas para acomodar um novo aprendizado, incluindo o que você aprende com suporte dos seus mais profundos impulsos criativos. Você inicia esse processo explorando os arquétipos, sintonizando-se para o universo intencional, tornando-se consciente das mensagens de sincronicidade ao seu redor, e acima de tudo, descobrindo o seu dharma – sua agenda de aprendizagem.


(Tradução não oficial)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Quem Conhece o Segredo?

Nada existia, nem coisa alguma; também não existia
o céu luminoso, e nem o grande dossel celeste
abria-se lá em cima.
O que cobria tudo? O que dava abrigo?
O que estava oculto?
Seria o abismo sem fundo da água?
Não havia morte - entretanto, nada era imortal.
Não havia fronteiras entre o dia e a noite;
Somente o Um respirava exânime por Si Mesmo.
Além Dele nada existia.
Havia as trevas, e a princípio tudo estava imerso
na escuridão profunda - um oceano sem luz.
O germe que ainda está oculto na casca
germina, uma natureza, ao calor tórrido...
Quem conhece o segredo? Quem o anunciou?
De onde, de onde surgiu essa criação multiforme?
Os próprios deuses só nasceram mais tarde -
Quem sabe de onde surgiu essa criação multiforme?
De que, de onde essa grande criação surgiu,
se a Sua vontade foi quem criou ou quedou-se muda
o Altíssimo Vidente que está no céu mais alto,
Ele o sabe - ou talvez nem mesmo Ele saiba.

(Rig Veda, X, 129)

terça-feira, 10 de junho de 2014

Quebrar Hábitos: Uma Chave Quântica

Quebrando o hábito de ser você mesmo é o título de uma palestra onde o dr. Joe Dispenza nos mostra de que forma os pensamentos provocam reações químicas que afetam a saúde e criam a nossa realidade. 

O dr. Joe Dispenza, D.C., é neurocientista, doutor em quiroprática e aluno da Ramtha's School of Enlightenment, escola de sabedoria milenar localizada nos Estados Unidos. Faz parte dos seus ensinamentos criar o dia a dia. 

O trecho da palestra cujo link colocamos abaixo é legendado. Assista e reflita: