Eckhart Tolle: Nós não podemos entender um evento
através da mente.
Quando nós perguntamos: Porque isso aconteceu com ele? Porque isso aconteceu comigo? Isso não faz sentido! Ele tinha a vida toda pela frente, e caiu doente e morreu prematuramente. Então a mente diz: Isso não deveria ter acontecido. Isso é ainda pior quando se perde uma criança. Parece ser contra a inteira lei do universo, quando a vida é tirada de alguém que mal começou a viver. Existe em nós um desejo sincero que a criança se recupere.
Quando nós perguntamos: Porque isso aconteceu com ele? Porque isso aconteceu comigo? Isso não faz sentido! Ele tinha a vida toda pela frente, e caiu doente e morreu prematuramente. Então a mente diz: Isso não deveria ter acontecido. Isso é ainda pior quando se perde uma criança. Parece ser contra a inteira lei do universo, quando a vida é tirada de alguém que mal começou a viver. Existe em nós um desejo sincero que a criança se recupere.
A mente humana não pode entender porque certas coisas acontecem dentro da totalidade.
Mas ela pode entender, especialmente agora pela física
quântica, que não há nenhum evento isolado, tudo está na verdade conectado com
tudo o mais. É somente através de nosso isolado senso superficial, que isolamos
algo e dizemos : isso é um evento. Mas um evento é parte da totalidade do
cosmos. Esta provavelmente conectado com coisas em outras galáxias; o universo
inteiro é um organismo, um ser. Tudo aí é conectado, então não há eventos
isolados, separados.
Mas não nos é possível entender, pela mente humana, qual a função desde evento
que parece sem sentido, que função ele tem na Totalidade.
E isso, inclui as piores coisas que os humanos infligem a outros humanos. (…)
Todos os problemas que são criados no planeta, guerras, campos de concentração, armas químicas, e outras coisas terríveis que mesmo em nossos mais terríveis sonhos, não poderíamos imaginar. E eles fazem tudo isso, para infligir sofrimento a outros homens. Porque tudo isso?
Todos os problemas que são criados no planeta, guerras, campos de concentração, armas químicas, e outras coisas terríveis que mesmo em nossos mais terríveis sonhos, não poderíamos imaginar. E eles fazem tudo isso, para infligir sofrimento a outros homens. Porque tudo isso?
E mesmo isso, dentro da totalidade, tem uma função.
Mas não podemos entender, pois tudo o que vemos são
fragmentos.
Se tem uma grande pintura e tiramos dela somente um pequenino pigmento, diríamos: O que é isso? Isso não faz sentido.
Se tem uma grande pintura e tiramos dela somente um pequenino pigmento, diríamos: O que é isso? Isso não faz sentido.
Somente quando vemos a Totalidade é que veremos onde ele se encaixa. Pode se ter
um vislumbre disso quando se vê um evento aparentemente negativo, como sendo
algo que não deveria acontecer. Nesses tempos nós temos todas essas crises
mundiais, como a do Iraque. Nos anos 60 tivemos o Vietnã. Vamos olhar para isso
para termos só um vislumbre. De um lado tivemos essa guerra que posteriormente
foi reconhecida mesmo pelas pessoas no poder, como provavelmente um erro. (…)
Provavelmente um erro, grande sofrimento infligido sim. Ao mesmo tempo houve um
grande despertar no planeta, especialmente vindo da costa oeste da América, um
grande movimento de despertar espiritual. De algum modo o suposto evento
negativo não pode ser completamente separado desse evento também. Nesse
despertar, a loucura da mente coletiva humana ficou visível.
A visão da loucura da mente humana coletiva, foi verdadeiramente parte desse
despertar. Muitas centenas de milhares de pessoas, acabaram se desidentificando
com as antigas formas de pensamento coletivo, com as quais até então estavam
plenamente identificados.(…)
Quanto mais profundamente sabemos disso, mais o mundo das
formas, das coisas, muda. E agora chegamos a algo que temos falado: viver em
duas dimensões.
Quando os humanos, ou quando um ser humanos vive em duas dimensões, que são : a
forma – o mundo das coisas, e o sem-forma, a quietude, o “vazio”.
Essa quietude faz algo também ao modo em que você experimenta o mundo da forma.
É algo que flui para o reino da forma que não remove certas polaridades, que
são sempre inerentes ao mundo da forma, mas que faz o mundo da forma ser um
lugar mais suave. As polaridades ainda estão lá, as formas ainda se dissolvem e
se desagregam, mas sem a rudeza e o incrível sofrimento que se manifesta quando
a mais profunda dimensão está ausente na vida humana.
Então, isso é como o mundo se torna um lugar mais
benevolente, o que ele já é, mas que a mente humana criou o inferno. O planeta
mesmo é uma bela jóia de inominável beleza. E os humanos o estão envenenando,
destruindo…é loucura…é o que é. Você o vê. Quanto mais seres humanos verem a loucura
disso, mais a mudança chega. Você não pode brigar com a loucura, pois assim se
tornará louco também. Essa é uma verdade interessante: se você brigar com a
loucura, você se torna louco. Você também entra na loucura. Se você brigar com
a inconsciência, você é arrastado para a inconsciência. Portanto simplesmente
vê-la é suficiente. Você pode denunciá-la, sim, você pode escrever nos jornais
sobre isso, mas sem o espírito de luta por traz disso.
Quando você personaliza o inconsciente, faz uma
identificação com ele. E acaba por rotular alguma pessoa ou algum grupo de mal,
(…) mas essa não é a verdadeira identidade deles, eles incorporaram ainda, a
inconsciência humana…”
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