Parece que ainda não acreditamos que somos mais do que a simples matéria visível aos olhos. O acomodamento, a inércia, a dificuldade de olhar para algo diferente são empecilhos graves à visualização de novas realidades.
Isto me lembra a história do elefante. Por qual motivo um animal, cuja força é capaz de derrubar uma árvore adulta pela raiz, pode ser mantido em cativeiro com uma simples cordinha amarrada a uma pequena e ridícula estaca? Porque, desde bem pequeno, quando sua força ainda não era tão grande, foi mantido preso à mesma estaca. O elefantinho tentou, tentou, tentou e não conseguiu se libertar. Guardou a lição para o resto da vida e, ao se tornar adulto... não acredita mais na própria força! Pensa que a estaca e a corda são mais poderosas que ele...
O pior cego é aquele que enxerga muito bem, mas insiste em não ver aquilo que está diante dos seus olhos, porque isto implica em mudança e ele não quer mudar.
Como os elefantes de circo, nós nos acomodamos às nossas velhas estacas, representadas pelas nossas crenças, preconceitos, convicções, teorias... Temos medo das mudanças. Temos medo de renascer para o novo, porque este renascer implica em morrer para o velho. E não queremos morrer para o velho, queremos continuar apegados às nossas verdades. É duro constatar que construímos nossa civilização baseados em conceitos ultrapassados. E é preciso uma dose bem grande de humildade para ver tudo isto.
A arrogância humana é simplesmente patética. Até num ramo como a Medicina, onde um erro pode significar a perda de uma vida, constatamos a dificuldade que a maioria dos médicos têm de mudar seus velhos paradigmas, mesmo à frente de evidências.
Por causa disso, Alvin Toffler preconizou que os analfabetos do século 21 seriam não aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender. É a mais pura verdade. Principalmente quando sabemos que o conhecimento humano, que dobrava a cada 100 anos, em 1900, hoje estima-se que dobre a cada 20 meses! Isto significa que, ao conquistar o seu diploma de médico (ou de outra profissão não baseada em cálculos exatos), o profissional já está desatualizado e terá que reaprender o que aprendeu!
Paralelamente à inércia, à preguiça que nós, seres humanos temos, no que se refere a mudar nossos paradigmas, o universo quântico assusta, da mesma forma que assusta o universo íntimo daquele que se abriu às verdades do espírito. Temos receio das vastidões. Daí reduzirmos nossas possibilidades e nossos horizontes ao mínimo. No entanto, queiramos ou não ver, aceitemos ou não, a vastidão nos puxa a todos para sairmos do lugar comum, para "cessarmos de existir" para o velho, alimentando e repetindo paradigmas ultrapassados, e ingressarmos no Novo Mundo, o Mundo Quântico, como coparticipantes e cocriadores dessa incomensurável Criação.
O futuro É HOJE. O encontro da Ciência com a Espiritualidade é agora. Porque os físicos da atualidade, assim como os antigos sábios védicos, apontam para o mesmo horizonte...
A Era Euclidiana acabou e muitos ainda não se aperceberam...
E nossas "estacas", de tão velhas, começam a se fragmentar...
Reproduzo, aqui, para nossa reflexão, algumas das descobertas quânticas que insistimos em não ver. O autor é o prof. Hélio Couto:
"O que a mecânica quântica mostra que praticamente ninguém quer ver?
* Mostra que a realidade não é material.
* Que a matéria é apenas uma forma de organização da energia.
* Que no nível mais fundamental só existe energia.
* Que tudo está conectado no nível subquântico.
* Que tudo é onda e que no final só existe uma única onda.
* Que o observador cria a própria realidade.
* Que a matéria obedece à vontade do observador.
* Que existem dimensões fora da terceira dimensão.
* Que a consciência continua após a morte.
* Que é possível estudar o que existe nas outras dimensões e descobrir a realidade das outras dimensões. Deixando de lado todas as histórias que criaram sobre isso.
* Que tudo é consciência e tem consciência.
* Que a onda é consciência.
* Que toda a matéria tem consciência.
* Que uma única consciência está experienciando a si mesma de infinitas formas.
* Que existe um sentimento nesta única consciência, que é dominante. E que tudo que contraria esse sentimento cria condições que trarão infelicidade para quem o criou.
Esse ajuste é a única forma que a consciência tem de fazer tudo voltar ao equilíbrio.
O universo tende ao equilíbrio e faz tudo que é preciso para voltar a ele. E isso implica em correções de rumo desconfortáveis para quem o tira do equilíbrio."
(Final da citação)
Mário Quintana disse: "Eu não tenho paredes. Só tenho horizontes". Todos nós precisamos de humildade e coragem para abrir nossos horizontes e enxergar o novo mundo, que não está longe nem inacessível, mas aqui, na nossa porta.
(Publicado originalmente no nosso blog: https://quanticaevedas.blogspot.com.br)
*NOTA: Leia também o conto "Cegos Para a Amplidão":
http://contosatemporais.blogspot.com.br/
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